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CATEQUESE QUERIGMÁTICA E MISTAGÓGICA

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FALANDO EM MISTAGOGIA...

  “ Mistagogia ” é uma palavra que vem sendo cada vez mais usada na catequese, na liturgia e nos estudos de teologia. O conceito nasce da ideia do Concílio Vaticano II de restaurar o catecumenato, onde o Tempo da Mistagogia é a fase privilegiada onde os fiéis aderem à fé cristã e querem fazer parte da comunidade de fiéis. Por sua vez, o Ritual de Iniciação Cristã de Adultos (RICA) agregou este termo como forma de fazer acontecer a vontade de João Paulo II quando apelou aos pastores para que estes encontrassem “ a maneira de fazer com que o sentido do mistério penetre nas consciências, redescobrindo e praticando a arte mistagógica, tão querida aos Padres da Igreja ”. No dicionário podemos encontrar a palavra “ Mistagogia”  como a iniciação nos arcanos de uma religião; no caso concreto do cristianismo, é a iniciação cristã propriamente dita. Daí que a  evangelização mistagógica , seja:  o ato ou efeito de evangelizar o discípulo cristão . Em suma, a Mistagogia é a iniciação dos recém bat

Ascensão e Pentecostes

Com a sua Ascensão, o Senhor ressuscitado atrai o olhar dos Apóstolos – e também o nosso – às alturas do Céu para nos mostrar que a meta do nosso caminho é o Pai. Começa o tempo de uma presença nova do Senhor: parece que está mais escondido, mas de certo modo está mais perto de nós: começa o tempo da liturgia, que é toda uma grande oração ao Pai, pelo Filho, no Espírito Santo, uma oração em caudal manso e largo. Jesus desaparece da vista dos apóstolos, que talvez fiquem silenciosos no princípio. “Não sabemos se perceberam naquele momento o fato de que precisamente diante deles se estava abrindo um horizonte magnífico, infinito, o ponto de chegada definitivo da peregrinação terrena do homem. Talvez o tenham compreendido só no dia de Pentecostes, iluminados pelo Espírito Santo”. ( Bento XVI, Homilia, 28-V-2006). “Deus eterno e todo-poderoso, que quisestes incluir o sacramento da Páscoa no mistério dos cinquenta dias...”. A Igreja nos ensina a reconhecer nessa cifra a linguag

Ressuscitei e sempre estou contigo

O tempo da Páscoa, explosão de alegria, se estende desde a vigília Pascal até o domingo de Pentecostes. Nesses cinquenta dias a Igreja nos envolve em sua alegria pela vitória do Senhor sobre a morte. Cristo vive, e vem ao nosso encontro. “Vinde, benditos de meu Pai: tomai posse do reino preparado para vós desde o princípio do mundo, aleluia”. O tempo pascal é uma antecipação da felicidade que Jesus Cristo ganhou para nós com a sua vitória sobre a morte. O Senhor “foi entregue por nossos pecados” e ressuscitou “para nossa justificação”: para que, permanecendo n’Ele, nossa alegria seja completa. No conjunto do Ano litúrgico, o tempo pascal é o “tempo forte” por antonomásia, porque a mensagem cristã é anúncio alegre que surge com força da salvação realizada pelo Senhor em sua “páscoa”, sua passagem da morte à vida nova. “O tempo pascal é tempo de alegria, de uma alegria que não se restringe a esta época do ano litúrgico, mas que habita sempre no coração do cristão. Porque Cri

A memória do justo

Guardar lembranças, relembrar a história que já vivemos faz parte da vida humana. Em geral, guardamos com carinho fotografias de momentos alegres e de momentos difíceis. Assim, cada povo, cada cultura, cada religião tem uma maneira peculiar de fazer memória e lembrar pessoas, acontecimentos e valores que fazem parte da sua identidade. O ditado popular judaico: “a memória é o pilar da redenção e o esquecimento o começo da morte” resume o lugar e a importância de fazer memória na vida judaica, na qual predomina a riqueza da tradição contínua de todos os acontecimentos importantes, de geração em geração, para garantir a continuidade de sua história. A tradição oral, comunicada na família pelos sábios e mestres de Israel, sempre teve como primeiro objetivo ensinar e transmitir o passado em vista do presente para que, no futuro, a vida possa atrair o reinado de Deus. Na terra de Israel, ou inculturados na diáspora, a comunidade judaica não deixa de viver o chamado de Deus “Escu

CRISTO E OS SACRAMENTOS

O Sacramento é um sinal sensível, instituído permanentemente por Cristo, para dar Graça. São como que sete artérias principais do Corpo Místico, pelas quais é transmitido às nossas almas, segundo as nossas necessidades, o poder da Paixão de Cristo que dá vida. Cada Sacramento requer um ministro humano, mas a qualificação deste varia conforme o Sacramento. Só um Bispo pode ordenar e, salvo em casos especiais, só um padre pode consagrar o Santíssimo Sacramento do Altar, absolver os pecadores e ungir os moribundos; os ministros do Sacramento do Matrimônio são os nubentes; no entanto, atendendo à importância do Batismo, qualquer leigo o pode ministrar em caso de necessidade. Em todos os Sacramentos, porém, o ministro principal é Cristo; o ministro secundário e humano atua em seu Nome. Cristo vive ainda na sua Igreja – Ele prometeu que estaria com ela todos os dias, até à consumação dos séculos. Em parte alguma se manifesta mais evidente o seu Poder vivo do que na administração d

À procura de Cristo na oração

O principal fim da oração é cumprir o primeiro dever de todo homem, imposto pelo Primeiro Mandamento: prestar a Deus o culto devido. Esse culto inclui a adoração, que é o reconhecimento do domínio supremo de Deus sobre nós e da nossa dependência absoluta dele; inclui a ação de graças, porque devemos tudo à bondade de Deus; e compreende também o reconhecimento da nossa condição de pecadores, com um arrependimento sincero pelas nossas ofensas contra Deus e com a resolução de as expiar. Não há necessidade, é claro, de traduzir esses sentimentos em palavras, todas as vezes que oramos, mas convém que todos os dias e por qualquer forma exclamemos esses sentimentos. E não há para isso melhor meio do que aquele que nos indicou Nosso Senhor – rezar o Pai Nosso. Devemos, portanto, tomar todos os dias uma atitude formal de oração, de preferência de joelhos, e prestar assim a devida homenagem, embora curta, a Deus. Há outro fim que devemos ter em vista na oração, que é obter certa