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Não somos mais os mesmo




Todo início de relação é igual: entusiasmo, paixão, euforia e idealização. Não existem grandes desafios, tudo é novidade. Muitas descobertas e um caminho inteiro a ser percorrido sem qualquer risco.


À medida que os anos passam e as descobertas dão lugar ao conhecido, muitas mudanças entram na vida de um casal. A euforia começa a ceder e a paixão acalma, abre-se espaço para o amor e a idealização é trocada pela realidade. Embora possamos viver novas experiências, isso já não acontece mais com a mesma frequência.

Com o tempo percebemos que apesar do amor ser fundamental, ele também não é suficiente para manter uma relação viva. Sozinho, ele não sustenta todas as mudanças que ocorrem com o tempo. O amor precisa de aliados para que o casal continue descobrindo outras vantagens da vida a dois.

A relação agora já não é mais com o parceiro idealizado e sim com a pessoa real, com suas qualidades e defeitos. Quando o amor se torna o sentimento principal, aspectos bem mais complexos surgem. É nessa hora que o casal tem um importante desafio: manter a relação viva.

Juntos vocês vão ver o que realmente possuem em comum e onde divergem. As afinidades são essenciais para a longevidade de uma relação e nesse ponto podemos incluir: caráter, foco, valores, gostos, interesses, estilo de vida e planos para o futuro. Tudo isso ajudará a driblar as diferenças.

Muitos casais começam a se distanciar por notarem que discordam mais do que concordam ou que não compartilham dos mesmos objetivos. O que no início era um lugar seguro com cumplicidade e companheirismo, agora é estranho e com diferenças em pontos básicos.

O casal corre mais risco quando essas diferenças se concentram nos objetivos de vida. Exemplo: enquanto um é determinado, tem foco e quer crescer; o outro leva uma vida atrapalhada, confusa e descompromissada.

Não existe entusiasmo e amor que atuem em favor desse casal. Ainda que outros pontos da relação sejam positivos, um abismo aparece entre o casal quando o foco no futuro não é o mesmo para os dois.

Não há necessidade de apontar um culpado, até porque não existe. O que aconteceu foi um desencontro em função das diferenças que mais cedo ou mais tarde apareceriam. Identificando diferenças em pontos vitais e após algumas tentativas para salvar a relação, o melhor a se fazer é aceitar que tudo tem limite. Se os caminhos não se cruzam mais, o melhor é que cada um siga a sua estrada. Uma relação não pode ser carregada apenas por uma pessoa ou em pouco tempo o peso será grande demais. Esteja atento para novas pessoas e oportunidades que cruzem seu caminho. Sempre terá algo novo a ser encontrado.


Dr. Juliana 

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