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Morre Brian Griffin e a doutrina tomista sobre a morte



Como o blog tem 3 milhões de visualizações vindo do Brasil e do mundo, não custa anunciar e doutrinar em um único artigo. Mesmo a contragosto de certos tradicionalistas que dizem não gostar do blog mas não tira as fuças daqui. 

Se você é fã da animação Uma Família da Pesada e espera ansiosamente pela transmissão do episódio aqui no Brasil, é melhor não continuar a ler.

O episódio que foi ao ar nos Estados Unidos no último domingo (24/11) apresentou uma tragédia para a legião de fãs da animação. Brian Griffin, o cachorro falante e intelectual, morreu. Ele foi atropelado e não resistiu aos ferimentos.

A morte de um integrante da família já tinha sido anunciada pela Fox, mas a emissora tinha deixado no ar o nome do membro. Com a morte do cachorro, os Griffin adotarão um novo animal, o Vinnie.

Durante as 12 temporadas da animação, Brian demonstrou ser extremamente inteligente. O cachorro chegou a cursar faculdade, teve problemas com drogas e ainda trabalhou como diretor de filmes. 

O interessante, é que a Fox usou uma frase de Santo Tomás de Aquino para homenagear o personagem.


O produtor executivo Steve Callaghan explicou à E! que a ideia surgiu depois de uma reunião animada na sala dos autores da série.

Nós pensamos que poderia ser uma maneira divertida para agitar a série. Acreditem, essa mudança na família vai ser legal. Por mais que nós amamos Brian e por mais que todo mundo adora seus animais de estimação, sentimos que seria mais traumático perder uma das crianças, ao invés do cachorro, contou Steve.

Brian estava Em Uma Família da Pesada desde a primeira temporada, lançada em 1999. O novo animal de estimação, Vinny, será dublado por Tony Sirico, de Os Sopranos

Doutrina Tomista sobre a morte

A interpretação do tomismo clássico é a seguinte: todas as coisas são pela determinação divina. Então, querer saber por que Deus não fez isso ou aquilo é como um vaso de barro perguntar ao oleiro por que foi feito sem alça (veja Romanos 9,20). O livre arbítrio não escapa a essa regra, pois Deus determina todas as coisas sem violentar a natureza delas: assim as causas livres agem com liberdade, enquanto as causas necessárias agem por necessidade, mas ambas são movidas por Deus segundo o seu próprio modo de ser. Esse é o entendimento de Sto. Tomás de Aquino, por exemplo em S. Th., Ia, q.83, a.1, ad.3.


Deus não é causa moral do pecado, mas, mesmo o pecado, é causado no seu ser por Deus. Mesmo o pecado é algo bom na medida em que possui ser, enquanto o mal consiste no que falta ao pecado, ou o seu defeito. Segundo expõe Santo Tomás, o pecado é ser e ação com certo defeito. O defeito não é atribuível a Deus, mas à criatura (Cf. S.Th., IaIIae, q.79, a.2).

Deus quer as coisas do modo que são, porque é infinitamente sábio e sabe dispor as coisas da maneira que melhor reflete a Sua sabedoria, razão última pela qual o Universo foi criado.

São Paulo não está negando o livre arbítrio, está falando da concupiscência que acompanha mesmo os cristãos depois do batismo. 

A concupiscência pode ser vencida com o auxílio da graça de Deus. Mesmo os pagãos têm nas suas forças naturais uma forma de vencer, numa dada situação, a concupiscência, uma vez que Deus lhes deu a razão, como meio de discernir a conduta certa a se ter. Contudo, o bem natural não pode merecer a justificação, nem a salvação. Esta tem que brotar da iniciativa divina, por meio da graça atual, com a qual o homem deve cooperar para alcançar a justificação e o prêmio das promessas de Cristo. Como nós dissemos anteriormente, essa livre cooperação do homem não é uma forma de agir independente de Deus, mas submissa também à vontade divina, conforme entende a escola tomista, que faz com que todas as coisas sejam de acordo com a natureza que lhes é própria, livre ou necessária.

O falta da crença no Ser Supremo levanta uma questão. Ela em si já traz uma resposta. Se alguém não crê em Deus, não precisa temer nada. O que temer ou esperar se nada existe? Só ficar esperando o tempo passar, juventude, velhice, morte! Nem inferno, nem paraíso... nem o nada! Enfim, quem não crê em Deus, perde o seu tempo sendo bomzinho. É a conclusão de Dostoieski na alma de Ivan Karamazov: Se Deus não existe, então tudo é permitido.


É estranho o ateu dizer que se reconhece ser uma pessoa boa. Normalmente, quem crê em Deus sabe que na verdade, é o contrário. Só Deus é bom!, disse Jesus. Se algo existe de bom em nós é pura graça recebida, imerecidamente, de Deus.

Trocando em miúdos, quem não crê em Deus estam naquela situação de Kant. Ele era orgulhoso demais, pois se achava sabido demais, para reconhecer Deus, mas ele mesmo admitia e se maravilhava com a sua consciência moral, o seu imperativo categórico que o levava a amar o bem e a detestar o mal.

Não somos nós que corremos atrás de Deus. É Ele que se revela a nós. A Fé é um dom. Para descobrir Deus, a primeira coisa necessária é uma boa dose de humildade e reconhecer a sua total dependência de um OUTRO que supera tudo o que você conhece. A pergunta: O que sou? Donde vim? Para onde vou? exige uma resposta. Deixem, enfim, a luz de Deus entrar.

O agnóstico, não raro, é um acomodado em relação ao seu próprio ser. Não é que não crê, mas não se interessa em crer, deixa a vida siga o seu curso. É diferente do ateu, que ao contrário do que diz, crê em Deus, por isso o combate.

A espiritualidade da alma

Seguindo o princípio dos escolásticos de que o ser opera segundo sua natureza (operatio sequitur esse), podemos deduzir a espiritualidade da alma de suas operações intelectuais, que são incorpóreas. Apesar do processo de formação das idéias envolver o conhecimento sensível, o conhecimento intelectual em si não pode ser reduzido aos processos corporais.

O que nos diz São Tomás, sobre os corpos ressuscitados:

Quanto à segunda consideração, isto é, a respeito dos efeitos da ressurreição para todos os homens, quatro deles devem ser apontados:

* O primeiro, com relação à identidade dos corpos que ressurgirão: o mesmo corpo que existe agora, quer quanto à carne,quer quanto aos ossos, ressurgirá . Apesar de alguns dizerem que este corpo que agora se corrompe não ressurgirá, o Apóstolo afirma o contrário: Convém que este corpo corruptível seja revestido da incorrupção (1 Cor 15,33). Em outro lugar encontra-se escrito na Sagrada Escritura que este mesmo corpo ressurgirá para a vida: Novamente serei revestido da minha pele, e, na minha carne, verei o meu Deus (Job 19,26).


* O segundo efeito da ressurreição refere-se à qualidade, porque os corpos ressurgidos terão outra qualidade que o atual, já que os corpos dos bons e dos maus serão incorruptíveis. Os corpos dos bons estarão na glória para sempre; os dos maus, porém, para que por eles sejam punidos, na pena etema. Lê-se: Convém que este corpo corruptível seja revestido da incorrupção, e que este corpo mortal seja revertido da imortalidade (1 Cor 15,53). Porque os corpos serão incorruptíveis e imortais, não terão necessidade de alimento, nem usarão do sexo. Lê-se: na ressurreição nem os homens terão mulheres, nem as mulheres terão maridos, mas serão como Anjos de Deus no Céu (Mt 22,30). Nesta verdade de fé não acreditam nem os Judeus, nem os Maometanos. Lê-se ainda: Os que desceram aos infernos ... não voltarão mais à sua casa (Job 7,10). (64)

* O terceiro efeito refere-se à integridade, porque os bons e os maus ressurgirão em toda integridade da perfeição corpórea do homem: não haverá cego, nem coxo, nem ninguém com outro qualquer defeito. Escreve o Apóstolo que os mortos ressurgirão incorruptíveis (1 Cor 15,52) para significar que eles não sofrerão mais as corrupções atuais.

* O quarto efeito refere-se à idade, porque todos ressurgirão na idade perfeita, nos trinta e dois anos. A razão disto é que, os que ainda não atingiram esta idade, não chegaram à idade perfeita, e, os velhos, já a ultrapassaram. Eis porque aos jovens e às crianças será acrescido o que falta, e, aos velhos, restituído. Lê-se: Até que cheguemos todos ... ao homem perfeito, na medida da plenitude da idade de Cristo (Ef 4,13).

Quanto à terceira consideração, é de se saber que os bons receberão uma glória especial, porque os santos terão os seus corpos glorificados por quatro qualidades :

* A primeira, é a claridade. Lê-se: Os justos resplandecerão como o sol no reino de seu Pai (Mt 13,43);

* A segunda, é a impassibilidade. Lê-se: É semeado na ignorância, ressurgirá na glória (1 Cor 15,43); e: Deus tirará toda lágrima dos seus olhos; não haverá mais morte, nem luto, nem gemidos, nem dor (Ap 21,4);


* A terceira, é a agilidade. Lê-se: Os justos resplandecerão, e passarão pela palha como centelhas (Sa!b 3,7);

* A quarta, é a sutileza. Lê-se: É semeado no corpo animal que ressurgirá em corpo espiritual (1 Cor 15,44). Não se queira entender isso como se todo corpo se transformasse em espírito, mas que estará totalmente submisso ao espírito.

O Catecismo Romano nos diz que a restauração será total pois é de opinião que a ressurreição faz parte das grandes obras de Deus, em pé de igualdade com a própria criação. Assim como desde o início da Criação, Deus faz todas as coisas perfeitas, assim tbem na ressurreição. É o que devemos crer com certeza absoluta.

O que a revelação nos informa é que, por um lado, há a ressureição da carne e não apenas a imortalidade da alma separada como pensavam os filósofos gregos, e, por outro lado, o corpo glorioso está acima das limitações inerentes à vida terrestre.

Como conciliar as duas coisas? Falar de um corpo celeste é paradoxal como falar de paraíso terrestre ou de uma Jerusalém celeste. É a própria distinção entre Céu e Terra que vai, em certo sentido, acabar. Seremos como anjos, não haverá relações sexuais (alguns Padres dizem que a distinção entre os sexos será abolida), e no entanto Jesus comeu um peixe para mostrar que não era apenas um espírito.

Santo Tomás de Aquino tinha uma resposta curiosa para uma pergunta que surgia nos círculos teológicos de sua época. Sua resposta não era um chute, uma gozação, um resultado experimental ou coisa qualquer desse tipo. Era de uma profunda vivência do Mistério Pascal. Mas, vamos à pergunta: “com que idade um morto ressuscita?” Bem, essa pergunta só faz sentido para quem tem fé na ressurreição dos mortos, no Mistério Pascal. Enfim, seja como for, a pergunta era feita. Fazia parte da especulação escolástica, ainda no século XIII.


Enfim, um ancião ressuscita ancião? Um bebê ressuscita bebê? Parecem perguntas improcedentes, até porque, na I Carta aos Coríntios (2,9), São Paulo diz que “os olhos não viram, os ouvidos não ouviram, nem coração algum jamais pressentiu”. De fato, a morte e todos os novíssimos, ou seja, tudo aquilo que diz respeito ao que está além dessa vida, será sempre novo, não poderá jamais ser categorizado dentro das definições, processos ou situações espaço-temporais. Caso contrário, não seriam novíssimos. Lembremos: “Eis que faço novas todas as coisas” (Ap 21,5).

Mas Santo Tomás se arrisca. Seria presunção de um teólogo escolástico? Ou será que a vivência de sua oração, de sua contemplação, de sua espiritualidade elevou-o a cumes tão altos que Deus lhe concedeu ter uma intuição tão grandiosa desse mistério? Enfim, a resposta é simples. Para alguns, ela poderia parecer ridícula. Enfim, Santo Tomás responde: “33 anos”.

Será mesmo? Será que um bebê, ou uma das vítimas de pílulas do dia seguinte ou outros tipos de aborto pularia tantas etapas? Será que o restante da história de um ancião seria ignorado por Deus? Mas não nos apressemos. Vejamos bem o significado desses 33 anos.


Na ressurreição, Deus tomará toda a nossa história, purificada no Amor, no Espírito Santo, mesmo naquelas dimensões que não conhecíamos e a plenificará. Fá-lo-á com o que somos e nos assemelhará a Cristo em sua plenitude. Aí, será completada a obra da filiação divina, porque “desde agora somos filhos de Deus, mas não se manifestou ainda o que havemos de ser. Sabemos que, quando Jesus se manifestar, seremos semelhantes a Deus, porquanto o veremos como ele é” (1Jo 3,2).

Mas o que é a vida, senão uma tensão para que se alcance a estatura de Cristo? Mesmo os que não sabem disso, buscam a isso, porque buscam sua totalidade enquanto seres humanos, e essa totalidade só é possível em Cristo. Assim , o homem alcança sua verdadeira dimensão quando é totalmente tomado pelo Espírito Santo. A vida humana só se completa na medida de nossa conformação ao Mistério de Cristo. Eis o significado da resposta de Santo Tomás.

Assim, a maioridade do homem é seu estar em comunhão com Cristo. O termo maioridade é um termo comum ao Direito, para relacionar aqueles que estão em plena capacidade de responder pelos seus atos. E é importante que se tenha essa definição para que se possam atribuir responsabilidades pela história e pela sociedade.


Entretanto, a raça humana decretou que alcançou a maioridade depois que prescindiu de Deus. Se Deus é apenas um nome para justificar as mais atrozes atitudes desumanas, de fato, é importante que se tenha de encontrar um novo significado para esse nome. Entretanto, prescindir da fonte da vida, de uma origem e um fim transcendentes para nossa vida, bem como de uma orientação que não se fixe pura e simplesmente em nossa caducidade, é o primeiro passo para desintegrar essa vida. Vemo-lo agora, e o carnaval é um dos tantos retratos loquazes de como essas coisas acontecem: prescinde-se de Deus e o mundo se torna cada vez pior, a vida se torna insustentável, o ser humano vai se desfigurando, tornando-se objeto de suas próprias paixões e instabilidades.

Na ensolarada tarde de 13 de maio de 2007, S. S. Bento XVI, em Aparecida, lembrava aos bispos reunidos em conferência:

O que é o real? São ‘realidades’ somente os bens materiais, os problemas sociais, econômicos e políticos? Aqui está precisamente o grande erro das tendências predominantes no último século, erro destruidor, como demonstram os resultados tanto dos sistemas marxistas como também dos capitalistas. Falsificam o conceito de realidade com a deturpação da realidade fundante e por isso decisiva, que é Deus. Quem exclui Deus do seu horizonte falsifica o conceito de ‘realidade’ e, por conseguinte, só pode terminar por caminhos equivocados e com receitas destruidoras.

A primeira afirmação fundamental é, pois, a seguinte: somente quem reconhece Deus, conhece a realidade e pode corresponder-lhe de modo adequado e realmente humano. A verdade desta tese resulta evidente diante do fracasso de todos os sistemas que põem Deus entre parênteses.


O homem reivindica maioridade... E vejamos como isso tem importância para nós. Desde criancinhas queremos adquirir nossa independência com relação às ações. E como isso é importante. Aprendemos a desenhar, a escrever, a falar, nosso vocabulário se enriquece. E como é bom ver esse amadurecimento. O problema é que sempre, à medida que crescemos, o pecado vai sorrateiramente manifestando suas faces. É o que diz São Pedro: “Vosso adversário, o demônio, anda ao redor de vós como o leão que ruge, buscando a quem devorar” (1Pd 5,8). Isso também acontece na infância e precisa ser percebido e advertido pelos pais. Na adolescência, o problema é maior porque nossa ilusão de maioridade parece ter inflacionado, já que é muito natural que o jovem sinta que tem o poder nas mãos. O problema é quando isso vem a significar que o jovem pode tudo, sobretudo no que tange a sexo, bebida, drogas e desrespeito para com os pais. Bem, chegada a idade adulta, temos o mundo que temos.

Está diante de nossos olhos. O problema é que, quanto mais o homem reivindica maioridade, mais se afasta dela.

O caminho para atingir a verdadeira maioridade humana começa quando o homem penetra em sua natureza humilhada, percebe-se finito, cheio de contradições, aberto à orientação de um outro, de um Todo-Outro. Não se trata de renunciar a encontrar respostas em sua vida, mas de trabalhá-las em um contínuo diálogo, numa abertura que leve em conta a lembrança das maravilhas que o Amor de Deus nela realizou, os gestos de eternidade, aqueles que permanecem, e que revelam a natureza ascendente do ser humano. Só por aí se pode começar.

Que hoje e cada dia possa ser sempre reiniciada nossa busca pelo Cristo, sem muita preocupação com a maioridade. Na verdade, ela já terá sido instalada em nossa vida, se estivermos reconciliados com nossas paixões. Eis o homem maduro. É o homem uno, aquele que se deixa completar pela verdade que fala em si. Para ele, nada precisará ser dito, pois está inscrito em suas entranhas, ou como a ele diz São João: “quanto a vós, a unção que dele recebestes permanece em vós. E não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina todas as coisas, assim é ela verdadeira e não mentira. Permanecei nele, como ela vos ensinou” (1Jo 2,27). Essa unção é o Amor de Deus, é o Espírito de Cristo Ressuscitado, aquele que tem 33 anos. Nela, alcançamos também os 33 anos, “o estado de homem feito, a estatura da maturidade de Cristo”. 

A Ele a glória pelos séculos dos séculos. Amém!

Referências:

A Vida que começa com a morte. D. Estevão Bettencourt O.S.B. Livraria Agir Editora, 3º edição, 1963. 

Pequena explicação sobre o sacrifício, baseada em obra do Pe. Emanuel (um espiritual francês do século XIX). 


Segundo, TANQUEREY, Adolph: A Vida Espiritual Explicada e Comentada. Anápolis: Aliança Missionária Eucarística Mariana, 2007. pgs. 403-434

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