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Aparições de Nossa Senhora das Graças



AS APARIÇÕES marianas são vistas como um sinal da divina Promessa de salvação aos fiéis, e também, muitas vezes, como um prelúdio do Apocalipse. Entretanto, a maioria desconhece que os relatos das visitas especiais da Virgem Maria a este mundo remontam, no mínimo, ao século III, quando Gregório, o Taumaturgo, atestou que Maria lhe aparecera uma noite, acompanhada de João Batista, para introduzi-lo no Mistério da piedade.

Popularmente, considera-se que as modernas aparições marianas tiveram início com as visões da camponesaBernardete Soubirous, em Lourdes, na França, no decorrer do ano de 1858: essas visões até hoje inspiram o interesse de religiosos e pesquisadores de fenômenos supranaturais do mundo inteiro.

Mas, na realidade, as aparições da Virgem Maria na era moderna começaram 28 anos antes do ocorrido em Lourdes, no Convento das Irmãs de Caridade da Rue du Bac, em Paris, França. Ali, uma freira chamadaCatarina Labouré afirmou que a Virgem lhe aparecera como uma figura cercada de luz, com um pé sobre um globo branco e o outro pisando a cabeça de uma serpente com manchas amarelas. Nas mãos, disse Catarina, a Virgem levava uma esfera dourada que representava o mundo, - imagens fortemente relacionadas com o que se lê no Livro das Revelações (Apocalipse), no qual se lê que uma “Mulher vestida de Sol” luta contra Satanás pelo destino das almas humanas.

Catarina Labouré
(Catherine Laboure)
Catarina Labouré contou que a Virgem lhe prevenira de que o mundo estava prestes a ser dominado por “males de toda espécie”, e também relatou que Maria Santíssima a encarregara de mandar cunhar uma medalha que reproduzisse a forma com que ela se apresentara: por isso, essa aparição ficou conhecida como a de Nossa Senhora das Graças ou da Medalha Milagrosa.

As aparições da Santíssima Virgem Maria a Santa Catarina Labouré, em 1830, marcaram, portanto, o início de um ciclo de grandes revelações Marianas. Um ciclo que prosseguiu em La Salette (1846), em Lourdes (1858) e culminou em Fátima, em Portugal (1917).

Invariavelmente, as mensagens de Nossa Senhora deploram os pecados do mundo, mostram e relembram à humanidade o Caminho, seu Filho e Nosso Senhor Jesus Cristo, única possibilidade de perdão e misericórdia à humanidade pecadora, e previnem contra severos castigos em caso de não conversão. Mas também anunciam que, após esses castigos, virá o esplendoroso triunfo do Bem.

A Catarina Laboré, a Imaculada Virgem Maria se manifesta do Céu para trazer-nos um sinal, o seu retrato em uma Medalha bendita, derramando Suas Graças aos filhos que pedirem a sua intercessão; e por causa dos milagres a esta relacionados, o povo cristão deu a esta medalha o título de “milagrosa”.

A Medalha Milagrosa é um rico presente que Maria Imaculada quis oferecer ao mundo no século XIX, como penhor de suas bênçãos maternais, como canal de milagres e como meio de preparação para a definição dogmática de 1854. Foi na comunidade das Filhas da Caridade, fundada por São Vicente de Paulo, que a Santíssima Virgem escolheu a confidente dos Desígnios divinos, recompensando a devoção que o santo Vicente sempre teve à Imaculada Conceição de Nossa Senhora, e que deixou por herança aos seus filhos e filhas espirituais.

Catarina Labouré nasceu em 2 de maio de 1806, na Côte d'Or, França, e aos 24 anos de idade tomou o hábito das Filhas da Caridade. Noviça ainda, muito humilde, inocente e unida com Deus, era ternamente devota à Santíssima Virgem, a quem escolhera por Mãe desde que, pequenina ainda, ficara órfã. Ardia em contínuos desejos de ver Nossa Senhora e instava com seu Anjo da Guarda para que lhe alcançasse este favor especialíssimo.


Primeira Aparição: 18 a 19 de Julho de 1830

A primeira aparição ocorreu durante a noite do dia 18 a 19 de julho de 1830. A Virgem Gloriosa apareceu à irmã Catarina Labouré, às onze e meia da noite. Irmã Catarina acordou-se e ouviu claramente chamar por 3 vezes: "Irmã"...

Olhou para o lado de onde vinha a voz, afastou a cortina e viu um menino vestido de branco; Catarina viu nele o seu Anjo da Guarda. O menino lhe disse: "Vem à Capela, a Santa Virgem Te espera".

Ela vestiu-se depressa e seguiu o Anjo, tendo-o sempre à esquerda. As luzes por onde passaram estavam acesas, o que lhe causou admiração; mas muito maior foi o seu espanto quando, ao chegar à Capela, a porta se abriu; mal o menino a tocou com a ponta dos dedos. Na capela, todas as velas estavam acesas. O menino a conduzia ao Santuário, junto à cadeira do padre diretor. Catarina espera e reza. Passado uma meia hora, o Anjo diz de repente: "Eis a Santíssima Virgem".

Ao lado do Altar, onde normalmente se lê a epístola, Maria desceu, dobrou o joelho diante do Santíssimo e foi sentar-se numa cadeira no coro dos sacerdotes. Num abrir e fechar de olhos, a vidente atirou-se aos seus pés, apoiado suas mãos sobre os joelhos maternais da Santa Virgem. Foi esse o momento mais belo de sua vida. Durante duas horas, Maria falou com Catarina duma missão que Deus queria confiar-lhe e também das dificuldades que iria encontrar na realização da mesma.

Conta-nos Catarina: “Ela me disse como eu devia proceder para com meu diretor, como devia proceder nas horas de sofrimento e muitas outras coisas que não posso revelar”. Essas coisas que ela não podia contar, em 1830, revelou-as depois: “Várias desgraças vão cair sobre a França; o trono será derrubado; o mundo inteiro será revolto por desgraças de toda sorte”. Falou também de “grandes abusos” e “grande relaxamento” nas comunidades de sacerdotes e freiras vicentinas, e que deveria alertar disso os superiores.

Voltou, em seguida, a falar de outros terríveis acontecimentos que ocorreriam em futuro mais distante, prevendo com 40 anos de antecedência as agitações da Comuna de Paris e o assassinato do Arcebispo; prometeu sua especial proteção, nessas horas trágicas, aos filhos e às filhas de São Vicente de Paulo. Depois Maria desapareceu, e o Anjo a reconduziu para o dormitório.


Segunda Aparição: 27 de Novembro de 1830

A Segunda aparição aconteceu no dia 27 de Novembro de 1830, sábado antes do primeiro domingo do Advento. Neste dia, estando a venerável irmã na oração da tarde, às 5h30, nessa Capela da Comunidade, à rue du Bac, a Rainha do Céu se lhe mostrou, primeiro, junto do arco cruzeiro, do lado da Epístola, onde hoje está o Altar"Virgo Potens", e depois por detrás do Sacrário, no Altar-mor.
"Depois de ter lido a primeira parte, a Virgem Santíssima", - diz a irmã, - "aparece e estava de pé sobre um globo, vestida de branco, com o feitio que se diz à Virgem, isto é, subido e com mangas justas; véu branco a cobrir-lhe a cabeça, manto azul prateado que lhe descia até aos pés. Suas mãos erguidas à altura do peito seguravam um globo de ouro, encima do globo havia uma cruz... Tinha os olhos erguidos para o céu, e seu rosto iluminava-se enquanto oferecia o globo a Nosso Senhor Jesus Cristo".

Enquanto se extasiava em contemplá-la, Catarina ouviu uma voz que lhe disse:

"Este globo que vês representa o mundo inteiro e especialmente a França, e cada pessoa em particular. Os raios são o símbolo das Graças que derramo sobre as pessoas que mas pedem. Os raios mais espessos correspondem às graças que as pessoas se recordam de pedir. Os raios mais delgados correspondem às graças que as pessoas não se lembram de pedir."

Enquanto Maria estava rodeada por luz brilhante, o globo desaparece das suas mãos. Formou-se então em torno da virgem um quadro de forma oval em que havia, em letras de ouro, estas palavras: "Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós". Então uma voz se fez ouvir, e dizia:

"Manda cunhar uma Medalha por este modelo; as pessoas que a trouxerem indulgenciada receberão grandes graças, mormente se a trouxerem ao pescoço; hão de ser abundantes as graças para as pessoas que a trouxerem com confiança."

No mesmo instante, a imagem luminosa transformou-se. As mãos carregadas de anéis, que seguravam o globo, abaixaram-se, abrindo-se e despejando raios, sobre o globo em que a Virgem pousava os pés, esmagando a serpente infernal. Depois, o quadro voltou-se, mostrando no reverso um conjunto de emblemas, no centro um grande "M", o monograma de Maria, encimada por uma cruz sobre uma barra: abaixo do monograma havia dois corações: o da esquerda cercado de espinhos, o da direita transpassado por uma espada: os Corações de Jesus e de Maria. Enfim uma constelação de doze estrelas, em forma oval, cercando este conjunto.

Passaram-se dois anos sem que os superiores eclesiásticos decidissem o que havia de Fazer-se; até que, depois do inquérito canônico, cunhou-se a Medalha por ordem e com aprovação do Arcebispo de Paris, Monsenhor Quélen.

Paris sofria com a peste que dizimava milhares todos os dias, e aos doentes nos hospitais onde as Irmãs da Caridade serviam foram distribuídas as primeiras medalhas. Ficaram estes milagrosamente curados, daí que grande parte do povo, na época, passou a crer e usar as medalhas (como ocorre até os nossos dias), sendo que as curas são incontáveis. Tudo isso aconteceu exatamente nos tempos de numa França que era o berço do iluminismo, na negação da fé e de um materialismo crescente.

Entre outros prodígios, é célebre a conversão do judeu Afonso Ratisbonne (que já publicamos aqui), acontecida depois da visão que ele teve na Igreja de Santo Andrea delle Frate, em Roma, em que a Santíssima Virgem lhe apareceu como se representa na Medalha Milagrosa.

Diante de tantos sinais maravilhosos, rapidamente começou a se espalhar, com muita rapidez e pelo mundo inteiro, esta santa devoção, acompanhada sempre de prodígios e milagres extraordinários, reanimando a fé quase extinta em muitos corações, produzindo notável restauração dos bons costumes e da virtude, sarando os corpos e convertendo as almas.

O primeiro a aprovar e abençoar a Medalha foi o Papa Gregório XVI, confiando-se à proteção dela e conservando-a junto de seu crucifixo. Pio IX, seu sucessor, o "Pontífice da Imaculada", gostava de dá-la como prenda particular de sua benevolência pontifícia. Não admira que, com tão alta proteção e à vista de tantos prodígios, se propagasse rapidamente. Apenas no espaço de quatro anos, - de 1832 a 1836, - foram cunhadas dois milhões delas, em ouro e prata, e dezoito milhões em cobre.

Graças a esta difusão prodigiosa, foi-se radicando mais e melhor no povo cristão a crença na Imaculada Conceição de Maria e a devoção para com tão excelsa Senhora. Este grande privilégio da Virgem Maria foi proclamada dogma em 1854 pelo Papa Pio IX. Em 1858, a Virgem Maria veio confirmar essa verdade de fé pelas suas aparições em Lourdes à pequena Bernadette, que trazia a medalha ao pescoço; Maria fez-se conhecer com estas palavras: "Eu sou a Imaculada Conceição".



Em outras aparições subsequentes, a Santíssima Virgem falou a Catarina de Labouré da fundação de uma Associação das Filhas de Maria, que depois o Papa Pio IX aprovou, a 20 de junho de 1847, enriquecendo-a com as indulgências da Prima-primária.

Leão XIII, a 23 de junho de 1894, instituiu a Festa da Medalha Milagrosa; a 2 de março de 1897 encarregou o Cardeal Richard, Arcebispo de Paris, de coroar em seu nome a estátua da Imaculada Virgem Milagrosa que está no Altar-mor da Capela da Aparição (foto acima), o que se fez a 26 de julho do mesmo ano. Pio X não esqueceu a Medalha Milagrosa no ano jubilar: a 6 de junho de 1904 concedeu 100 dias de indulgência de cada vez que se diga a invocação: "Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós", a todos quantos tenham recebido canonicamente a santa Medalha; a 8 de julho de 1909 instituiu a "Associação da Medalha Milagrosa" com todas as indulgências e privilégios do Escapulário azul. Bento XV e Pio XI encheram a Medalha e a Associação de novas graças e favores.

Hoje, todo o interior da Igreja de Nossa Senhora das Graças em Paris e o pátio externo são cheios de marcas das manifestações dos fiéis pelas graças alcançadas, principalmente placas de mármore com a palavra"Merci" (obrigado) acompanhada da data em que a dádiva foi recebida. Ainda estão lá algumas placas da época em que os primeiros milagres aconteceram, pouco depois da distribuição das primeiras medalhas ao povo, na década de 1830(!).


Mais sobre Santa Catarina Labouré

Na pequena aldeia de Fain-les-Moutiers, na Borgonha, nasceu Catarina a 2 de maio de 1806, a nona dos onze filhos de Pedro e Luísa Labouré, honestos e religiosos agricultores.

Aos nove anos de idade, Catarina perdeu a mãe. Após o funeral, a menina subiu numa cadeira em seu quarto, tirou uma imagem de Nossa Senhora da parede, beijou-a e pediu à Santíssima Virgem que substituísse sua mãe falecida.

Três anos depois, sua irmã mais velha entrou para o convento das Irmãs da Caridade de São Vicente de Paulo. Couberam a Catarina, então com 12 anos, e à sua irmã Tonete, com 10, todas as responsabilidades domésticas. Foi nessa época que ela recebeu a Primeira Comunhão. A partir de então a menina passou a levantar-se todos os dias às quatro horas da manhã para assistir Missa e rezar na igreja da aldeia. Apesar dos inúmeros afazeres, não descuidava sua vida de piedade, encontrando sempre tempo para meditação, orações vocais e mortificações.

O tempo passava, Catarina crescia em graça e santidade. Certo dia ela sonhou que estava na igreja e viu um sacerdote já ancião celebrando a Missa. Quando terminou, o sacerdote fez-lhe um sinal, chamando-a para perto de si. Tímida, Catarina retirou-se do recinto sagrado e foi visitar um doente. O mesmo sacerdote apareceu-lhe, e disse: “Minha filha, é uma boa obra cuidar dos enfermos; você agora foge de mim, mas um dia será feliz de me encontrar. Deus tem desígnios sobre você, não se esqueça”. E Catarina acordou sem entender o significado do sonho.

Mais tarde, visitando o convento das Irmãs da Caridade de Chatillon, onde estava sua irmã, viu na parede um quadro representando o mesmo ancião. Perguntou quem era, e responderam-lhe que se tratava de São Vicente de Paulo, fundador da Congregação. Catarina entendeu então que sua vocação era a de ser uma das filhas do Santo da caridade.
Mas seu pai não queria ouvir falar disso. Para ele, já bastava ter dado uma filha a Deus, e ele tinha muito apego a Catarina. Para distraí-la dessa ideia, mandou-a a Paris, ajudar seu irmão que tinha lá uma pensão. Foi uma provação para a jovem ver-se em meio aos rudes fregueses do estabelecimento, o que a fez redobrar as orações para manter sua pureza de coração e o fervor de espírito.

Então uma cunhada a convidou a ir para sua casa, em Chatillon, onde mantinha uma escola para moças. Ali Catarina podia ir frequentemente ao mosteiro das Irmãs da Caridade, que ficava perto. E foi nessa casa religiosa que ela entrou a 22 de janeiro de 1830, quando seu pai deu-lhe finalmente a devida permissão. Catarina tinha então 24 anos de idade.

E foi neste mesmo ano de 1830 que Nossa Senhora lhe apareceu, mostrando-lhe a Medalha Milagrosa e mandando que a propagasse. De início, encontrou resistência até do seu diretor espiritual, mas afinal as autoridades eclesiásticas convenceram-se da verdade das aparições. Muitos milagres, curas de doentes e conversões Deus quis conceder por meio da Medalha Milagrosa. Catarina desejava ficar oculta. Faleceu aos 31 de dezembro de 1876. Deus, porém, glorificou a fiel serva: foi ela beatificada por Pio XI em 28 de maio de 1933, domingo entre a Ascensão de Nosso Senhor e Pentecostes, e solenemente canonizada por Pio XII em 27 de julho de 1947; por ordem do Arcebispo, seu corpo foi exumado. Nessa ocasião verificou-se que seu corpo estava perfeitamente conservado(!). Depositaram-no então num caixão de cristal, depois colocado sob o Altar das aparições, na famosa Igreja de Nossa Senhora das Graças da rue du Bac, 140, no centro de Paris.



A cada ano, milhões de peregrinos se dirigem até lá para implorar a intercessão de Maria Santíssima e de Santa Catarina Labouré.


Significados da Medalha Milagrosa

A mulher que esmaga a cabeça da serpente, que é o demônio, já estava predita na Bíblia, no livro do Gênesis: "Porei inimizade entre ti e a mulher... Ela te esmagará a cabeça e tu procurarás, em vão, morder-lhe o calcanhar". É em Maria que se cumpre essa sentença de Deus: a mulher finalmente esmaga a cabeça da serpente, quando por meio dela, Porta do Céu, veio ao mundo o Salvador, para que a morte não mais pudesse escravizar os homens.

Os raios: Simbolizam as Graças que por meio de Nossa Senhora Deus derrama sobre seus devotos. A Santa Igreja, por isso, a chama "Tesoureira de Deus".

As 12 estrelas: Simbolizam as 12 tribos de Israel. Maria Santíssima também é saudada como "Estrela do Mar" na oração Ave, Maris Stella.

O Coração cercado de espinhos: É o Sagrado Coração de Jesus. Nosso Senhor prometeu a Santa Margarida Maria Alacoque a graça da vida eterna aos devotos do seu Sagrado Coração, que simboliza o seu infinito e ilimitado Amor.

O coração transpassado por uma espada: É o Imaculado Coração de Maria, inseparável do de Jesus: mesmo nas horas difíceis de Sua Paixão e Morte na Cruz, Ela estava lá, compartilhando de sua dor.

A letra "M": Significa Maria. Esse "M" sustenta o travessão e a Cruz, que representam o Calvário. Essa simbologia indica a íntima ligação de Maria e Jesus na história da salvação.

O travessão e a Cruz: Simbolizam o Calvário. Para a doutrina católica, a Santa Missa é a renovação do Sacrifício do Calvário, portanto, ressaltam a importância do Sacrifício Eucarístico na vida do cristão.

__________
Fontes e bibliografia:

• BÖING, Mafalda Pereira. Nossa Senhora das Graças, a Medalha Milagrosa. São Paulo: Loyola, 2007.

• SULLIVAN, Randall. Detetive de Milagres. São Paulo: Objetiva, 2005.

• Artigo "Aparição de Nossa Senhora das Graças na França em 1830", do website "Últimas e Derradeiras Graças", disponível em:
http://www.derradeirasgracas.com/4.%20Apari%C3%A7%C3%B5es%20de%20N%20Senhora/Nossa%20Senhora%20das%20%20Gra%C3%A7as.htm
Acesso 29/3/014
ofielcatolico.com.br

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