Pular para o conteúdo principal

Antifonas Maiores do Advento



O IMENSO DESEJO pela vinda do Cristo, que caracteriza todo o Advento, se exprime na Liturgia com uma impaciência tanto maior quanto se aproxima do Santo Natal.

"O Senhor vem de longe" (Introito do 1º Domingo Advento). – "O Senhor virá" (Introito do 2º Domingo do Advento). – "O Senhor está próximo" (Intróito do 3º Domingo do Advento)... E esta gradação se acentua cada vez mais. 

Assim começam, no dia 17 de dezembro, as Antífonas Maiores, também chamadas de "Antífonas do Ó" por causa de sua inicial. São um apelo vibrante ao Messias cujas prerrogativas e títulos gloriosos nos declaram.


Die 17 Decembris

O Sapientia

quæ ex ore Altissimi prodisti,

attingens a fine usque ad finem,

fortiter suaviter disponens omnia:

Veni ad docendum nos viam prudentiae
17 de dezembro

Ó Sabedoria

que saístes da boca do Altíssimo

atingindo de uma a outra extremidade

e tudo dispondo com força e suavidade:

Vinde ensinar-nos o caminho da prudência

Die 18 Decembris

O Adonai

et Dux domus Israel,

qui Moysi in igne flammæ rubi apparuisti

et ei in Sina legem dedisti:

Veni ad redimendum nos in brachio extento
18 de dezembro

Ó Adonai

guia da casa de Israel,

que aparecestes a Moisés na chama do fogo

no meio da sarça ardente e lhe deste a Lei no Sinai

Vinde resgatar-nos pelo poder do vosso braço.

Die 19 Decembris

O Radix Jesse

qui stas in signum populorum,

Super quem continebunt reges suum,

Quem gentes deprecabuntur:

Veni ad liberandum nos; jam noli tardare
19 de dezembro

Ó Raiz de Jessé

erguida como estandarte dos povos,

em cuja Presença os reis se calarão

e a Quem as nações invocarão,

Vinde libertar-nos; não tardeis jamais.

Die 20 Decembris

O Clavis David

et Sceptrum domus Israel:

qui aperis, et nemo claudit;

claudis et nemo aperit:

Veni, et educ vinctum de domo carceris,

sedentem in tenebris et umbra mortis
20 de dezembro

Ó Chave de Davi

o Cetro da casa de Israel

que abris e ninguém fecha;

fechais e ninguém abre:

Vinde e libertai da prisão o cativo

assentado nas trevas e à sombra da morte.

Die 21 Decembris

O Oriens

Splendor lucis æternæ, et sol justitiæ

Veni et illumina sedentes in tenebris

et umbra mortis.
21 de dezembro

Ó Oriente

Esplendor da luz eterna e sol da justiça

Vinde e iluminai os que estão sentados

nas trevas e à sombra da morte.

Die 22 Decembris

O Rex gentium

et desideratus earum

Lapisque Angularis,

qui facis utraque unum:

Veni et salva hominem quem de limo formasti
22 de dezembro

Ó Rei das nações

e objeto de seus desejos,

Pedra Angular

que reunis em Vós judeus e gentios:

Vinde e salvai o homem que do limo formastes

Die 23 Decembris

O Emmanuel,

Rex et legifer noster,

Exspectatio gentium,

et Salvador earum:

Veni ad salvandum nos, Domine Deus noster
23 de dezembro

Ó Emanuel,

nosso Rei e Legislador,

Esperança e Salvador das nações,

Vinde salvar-nos,

Senhor nosso Deus.

_______
LEFEBVRE, Dom Gaspar. Missal Quotidiano e Vesperal. Bruges, Bélgica; Abadia de S. André, 1960.

Com "Em Defesa da Santa Fé", disponível em

http://emdefesadasantafe.blogspot.com.br/2014/12/17-de-dezembro-antifonas-maiores.html

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Símbolos e Significados

A palavra "símbolo" é derivada do grego antigo  symballein , que significa agregar. Seu uso figurado originou-se no costume de quebrar um bloco de argila para marcar o término de um contrato ou acordo: cada parte do acordo ficaria com um dos pedaços e, assim, quando juntassem os pedaços novamente, eles poderiam se encaixar como um quebra-cabeça. Os pedaços, cada um identificando uma das pessoas envolvidas, eram conhecidos como  symbola.  Portanto, um símbolo não representa somente algo, mas também sugere "algo" que está faltando, uma parte invisível que é necessário para alcançar a conclusão ou a totalidade. Consciente ou inconscientemente, o símbolo carrega o sentido de unir as coisas para criar algo mair do que a soma das partes, como nuanças de significado que resultam em uma ideia complexa. Longe de objetivar ser apologética, a seguinte relação de símbolos tem por objetivo apenas demonstrar o significado de cada um para a cultura ou religião que os adotou.

Como se constrói uma farsa?

26 de maio de 2013, a França produziu um dos acontecimentos mais emblemáticos e históricos deste século. Pacificamente, milhares de franceses, mais de um milhão, segundo os organizadores, marcharam pelas ruas da capital em defesa da família e do casamento. Jovens, crianças, idosos, homens e mulheres, famílias inteiras, caminharam sob um clima amistoso, contrariando os "conselhos" do ministro do interior, Manuel Valls[1]. Voltando no tempo, lá no já longínquo agosto de 2012, e comparando a situação de então com o que se viu ontem, podemos afirmar, sem dúvida nenhuma, que a França despertou, acordou de sua letargia.  E o que provocou este despertar? Com a vitória do socialista François Hollande para a presidência, foi colocada em implementação por sua ministra da Justiça, Christiane Taubira,  a guardiã dos selos, como se diz na França, uma "mudança de civilização"[2], que tem como norte a destruição dos últimos resquícios das tradições qu

Pai Nosso explicado

Pai Nosso - Um dia, em certo lugar, Jesus rezava. Quando terminou, um de seus discípulos pediu-lhe: “Senhor, ensina-nos a orar como João ensinou a seus discípulos”. È em resposta a este pedido que o Senhor confia a seus discípulos e à sua Igreja a oração cristã fundamental, o  Pai-Nosso. Pai Nosso que estais no céu... - Se rezamos verdadeiramente ao  "Nosso Pai" , saímos do individualismo, pois o Amor que acolhemos nos liberta  (do individualismo).  O  "nosso"  do início da Oração do Senhor, como o "nós" dos quatro últimos pedidos, não exclui ninguém. Para que seja dito em verdade, nossas divisões e oposições devem ser superadas. É com razão que estas palavras "Pai Nosso que estais no céu" provêm do coração dos justos, onde Deus habita como que em seu templo. Por elas também o que reza desejará ver morar em si aquele que ele invoca. Os sete pedidos - Depois de nos ter posto na presença de Deus, nosso Pai, para adorá-lo